Metodologia

 

Os casos de violência relatados são obtidos a partir do acompanhamento dos veículos de comunicação nacionais, incluindo noticiário de rádio e televisão, jornais e revistas impressos, blogues jornalísticos e demais canais digitais. O acompanhamento é feito a partir do Alerta do Google, que envia diariamente relatórios a partir de um conjunto específico de palavras-chave. As informações obtidas nesses veículos são depois validadas pela equipe de investigadores com outras fontes de modo a descartar mortes naturais, acidentais ou sem razão conhecida.

 

As informações que compõem o perfil social e político das vítimas são obtidas no Repositório de Dados Eleitorais e na plataforma de Divulgação de Candidaturas e Contas do Tribunal Superior Eleitoral.   

 

São considerados lideranças políticos eleitos no exercício do mandato, ex-políticos, candidatos, pré-candidatos, ex-candidatos e funcionários da administração pública. Esses atores são assim definidos:

 

  • Políticos eleitos: vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e presidentes que sofrem a violência durante o exercício do mandato.
  • Ex-políticos: lideranças que ocuparam cargos eletivos descritos acima, mas no momento da violência não ocupavam mais. O ex-governador do Espírito Santo, Gerson Camata, é um exemplo dessa categoria. Camata foi assassinado em dezembro de 2018 quando já não ocupava nenhum cargo eletivo. Essa categoria inclui os suplentes
  • Candidatos: lideranças que sofrem a violência durante a campanha eleitoral. Somente são considerados políticos em campanha quando houver o registro oficial da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral.
  • Ex-candidatos: lideranças que tentaram se eleger em algum momento, mas não obtiveram sucesso em suas candidaturas e jamais ascenderam a cargo eletivo.
  • Pré-candidatos: lideranças que anunciaram a intenção de se candidatar, mas ainda não haviam realizado o registro oficial da candidatura.
  • Funcionários da administração pública: ministros, secretários de governo e assessores nos níveis federal, estadual e municipal.

 

No caso de uma liderança estar em mais de uma categoria simultaneamente, optou-se pelo status político mais recente.

 

Violência política é definida como qualquer tipo de agressão que tenha o objetivo de interferir na ação direta das lideranças políticas, como limitar a atuação política e parlamentar, silenciar vozes, impor interesses, eliminar oponentes da disputa, restringir atividades de campanha, dissuadir oponentes de participar do processo eleitoral e/ou impedir eleitos a tomar posse.

 

Os casos de violência são definidos da seguinte maneira:

  • Agressão: Todos os casos de violência física cometido contra lideranças políticas. Atos de agressão incluem socos, pontapés, empurrões e demais ações do tipo praticados por eleitores e adversários políticos.
  • Ameaça: Todos os casos que buscam intimidar e/ou amedrontar lideranças em suas atuações políticas e eleitorais. Atos de ameaça incluem intimidação, advertência, chantagem e demais ações com o objetivo de restringir a atuação política e eleitoral do adversário. Não verificamos se as ameaças são críveis ou não.
  • Atentado: Ação que busca acabar com a vida ou causar danos físicos ou psicológicos no adversário.
  • Homicídio: É o caso mais grave de violência. Consiste no assassinato do político ou de seus familiares.
  • Sequestro: Privação ilegal da liberdade de uma liderança política ou de seus familiares.